A vivência das virtudes da Fé, Esperança e Amor (clique para ler) auxiliam no nosso crescimento como seres humanos, pois nos colocam na fé, na esperança e no amor em um Deus que faz junto conosco essa trajetória de crescimento.
Sobre a Eternidade, disse S. Agostinho em suas "Confissões": "Na eternidade nada passa, tudo é presente, ao passo que o tempo nunca é todo presente". Disse também S. Paulo em I Cor 13,8.13: "A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará. Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade."
Portanto, a Eternidade que agora esperamos na fé é um eterno presente, onde não existe o tempo para poderem existir passado e futuro. Também "lá" (entre aspas porque a Eternidade não é um lugar) apenas o amor existirá, uma vez que a fé é uma certeza a respeito do que não se vê (cf. Hb 11,1) e ver o objeto da esperança já não é esperança (cf. Rm 8,24). Ora, lá já veremos o objeto de nossa esperança e de nossa fé!
Mas por enquanto, peregrinamos no tempo que nos é dado para nosso crescimento, nossa construção como seres humanos livres, nossa salvação, nossa redenção... Neste tempo, além do amor, temos a fé que nos sustenta e a esperança que nos lança para frente, com um olhar n'Aquele que nos dá a esperança da nossa ressurreição pela fé na Sua própria ressurreição - Jesus. E tudo isso porque "Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo 3,16)
Neste contexto, o batismo nos insere na comunidade de fé que é a Igreja. Esta comunidade, representada em primeiro lugar pelos pais e padrinhos, tem a responsabilidade de nos transmitir esta fé pela Palavra de Deus e pela Tradição. Nesta fé se apóia a nossa esperança na vida eterna, associada à morte e ressurreição de Jesus justamente no batismo. E tudo isto por amor, um amor infinito que não se acaba, o amor do Deus eterno que é o próprio amor (cf. I Jo 4,8)
Cito aqui uma frase de Simone Weil que encontrei da Folhinha do Sagrado Coração de Jesus no dia 16/12/2009: "O tempo é a espera de Deus que mendiga nosso amor".
Assim, para os temas (clique nos links se quiser ler o que escrevi nestas postagens):
- Quem roubou nossa coragem? - Ninguém a roubou, está escondida embaixo de nossas falsas seguranças. Mas Jesus nos diz "No mundo haveis de ter aflições. Coragem, eu venci o mundo." (Jo 16,33)
- Desejo de não sentirmos dor - Se o medo de sentirmos dor e sofrimento já nos causa dor e sofrimento, cito a passagem lembrada pelo Carlos em seu comentário à minha postagem, onde Jesus nos diz “não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.” (Mt 6, 34)
- Construção do próprio ser humano - Aqui, cito Paulo: "A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, para o aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo, até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo. Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores." (Ef 4,11-14)
- Fé, esperança e amor - São presentes fundamentais de Deus para nosso crescimento, pois "As virtudes humanas se fundam nas virtudes teologais que adaptam as faculdades do homem para que possa participar da natureza divina (cf 2Pd 1,4)... (As virtudes teologais) são infundidas por Deus na alma dos fiéis para torná-los capazes de agir como seus filhos e merecer a vida eterna." (Catecismo da Igreja Católica, parágrafos 1812 e 1813)
Termino esta série de temas que começou a partir de dois pequenos trechos da música "Quando o sol bater na janela do seu quarto" (Legião Urbana) com um versículo que me diz muito e que me tocou logo na primeira vez que o ouvi:
"Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8,31)
A paz de Jesus, o Rei da Paz, a todos!
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente e agregue conhecimento. Cresçamos juntos!!