BUSQUE O ALTO!
ANJO BARRO
ANTÔNIO JO BARBOSA RODRIGUES
Eu tirei esta foto no estacionamento do Barra Shopping. Não me perguntem como esta árvore cresceu torta assim. Na época, achei curiosa e resolvi registrar. Agora, coloquei-a como "símbolo" neste blog pelo que ela representa para mim.
Provavelmente, esta árvore passou por dificuldades para crescer neste "caminho torto", mas ela sobreviveu e continua a buscar sempre o alto. Vejo que somos assim também: Nem sempre conseguimos andar pelo caminho reto rumo ao alto, pois somos seres humanos, cheios de incoerências e limites, mas Deus vê a nossa luta em chegar ao alto. Isto é a santidade: não desistir de chegar ao céu. Neste caminho, às vezes caímos, trilhamos caminhos "tortos", mas se nos levantamos e não desistimos de alinhar de novo, estamos rumo ao alto.
Este site tem como objetivo crescermos juntos e, sem suas opiniões e comentários, isto não será possível! Portanto, leia os tópicos, participe comentando!

Nosso trato neste "blog de crescimento" é o seguinte: Me reservo apenas no direito de apagar os comentários que eu considerar ofensivos, contrários à lei e/ou que usarem expressões ou palavras de baixo calão. Trato feito, vamos em frente... ou melhor, para o alto!!!

sábado, 28 de novembro de 2009

Me conhecer em comunidade?

Para nos conhecermos melhor, temos como meio a oração, conforme já escrevi no Tema "Mas como assim vocação?" (clique aqui para ler).

Mas existe também um meio muito importante: a vida em comunidade. É quando nos deparamos com as diferenças em relação a nossos irmãos que tomamos consciência de quem somos. Não se trata, numa primeira análise, em definir certo ou errado. Trata-se de melhor conhecer quem somos na medida em que identificamos aquilo que não somos nas atitudes do outro.

E não só isso! Eu tenho reações, dependendo do que meu irmão faz. Conforme já falei no tópico "NINGUÉM CAUSA EMOÇÕES NO OUTRO..." (clique aqui para ver), os sentimentos que brotam em mim quando reajo a alguma ação de alguém não é colocado em mim por ele. Na realidade, as razões deste sentimento já estavam em meu coração - só foram despertados pelo outro. E ao serem despertados, posso conhecê-los.

Meus irmãos da Comunidade Filhos da Redenção (a qual pertenço) tem me ajudado muito a me conhecer, mesmo porque são muito diferentes de mim. Melhores? Não!! - Piores? Não!! - São diferentes e, por isso, me fazem crescer.

É importante perceber que podemos estar sendo (perdoem este "gerundismo", mas achei que expressa bem o que eu quero dizer) não o que Deus nos vocacionou, mas sim outras coisas que fomos acumulando por cima do chamado inicial. Para poder discernir isso, em primeiro lugar preciso ver quem estou sendo (perdoem de novo) e quem eu sou, por baixo de tudo que foi se acumulando.

Como eu disse, o fato de percebemos quem somos agora e que somos diferentes uns dos outros ainda não define se este ou aquele está certo ou errado. Isto só percebemos quando vamos ao outro meio: o meio da Oração. É aqui que, quando conversamos francamente com Deus, vamos:

  • desenterrando, trazendo à tona o que é chamado de Deus
  • mantendo aquilo que acumulamos em nosso crescimento pessoal e que colabora com o chamado
  • lutando para retirar aquilo que não colabora, que não edifica.
Deus e a Comunidade: Com eles eu me conheço e posso realizar minha vocação, posso ser feliz, posso já antecipar em parte o céu aqui na terra. E isto só é possível no amor. Não é a toa que temos esta afirmação de Nosso Senhor Jesus Cristo em Mc 12, 29-31:

"Jesus respondeu-lhe: 'O primeiro de todos os mandamentos é este: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor; amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças. Eis aqui o segundo: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior do que estes não existe.'"

Portanto, a fundamental vocação (de onde derivam as demais) é o amor, conforme a Encíclica Familiaris Consortio 11: "Deus é amor (I Jo 4,8.16) e vive em si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor. Criando-a à sua imagem... (Gn 1,26-27), Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a vocação e, assim, a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão.”

Mas como assim vocação?

Ora, sei que existe uma vocação de Deus para mim. Já falei sobre isso no Tema "Sou chamado pelo nome???" (clique aqui para ler)

Mas como assim vocação?

Não digo apenas quanto à vocação Sacerdotal, Religiosa ou Matrimonial (mas também as incluo). Quero englobar a vida como um todo. Temos também uma vocação profissional que é fruto não só do chamado de Deus, mas também da herança genética de nossos pais, responsável por nos dotar de aptidões. É claro que até nessa herança genética temos a mão de Deus (ou a voz de Deus no "faça-se" - neste caso no "façamos" de Gn 1,26).

Temos "hobbies", temos gostos particulares, temos um temperamento bem pessoal, temos tanta coisa que nos faz sermos especiais, únicos, irrepetíveis. E é tudo isso que, por ser fruto da vocação - do chamado a existirmos, nos serve de "pista" para descobrirmos a nossa vocação.

Precisamos nos conhecer. Precisamos ter a coragem para olharmos para dentro de nós mesmos e procurarmos quem nós somos. E isto, certamente, precisa da ajuda de Deus - Aquele que sabe "tim-tim por tim-tim" quem somos. E, na oração, na intimidade com Deus é que conseguimos nos conhecer melhor. Não só Ele se revela a nós, mas também nos revela a nós mesmos, principalmente ao expormos a nossa vida à Ele.

Muitas vezes me questionei porque precisava falar de minha vida para Deus em minhas orações, já que Ele conhece tudo. Mas é em cima dessa "matéria-prima" que apresento a Deus que Ele me faz enxergar aquilo que sozinho eu não poderia ver ou fazer.

É só lembrar Mc 10,51-52: "Jesus, tomando a palavra, perguntou-lhe: 'Que queres que te faça?'" Uma pergunta meio óbvia a um cego, não?? E a resposta não foi diferente da esperada: "Rabôni, respondeu-lhe o cego, que eu veja!" Mas era preciso o cego afirmar claramente o que queria, dizer o que precisava. Só em cima disso, concretamente, Jesus pôde dizer "Vai, a tua fé te salvou."

Bom, e se Jesus chegasse hoje para você e perguntasse "Que queres que te faça?" Você teria algo na ponta da língua para dizer? Você apresentaria uma necessidade real ou um desfile de vontades que apenas "encobrem" cada vez mais a sua vocação?

Essa vocação nos faz encontrar o nosso lugar nessa engrenagem que é o projeto do Reino de Deus, no plano de Salvação que Deus quer fazer acontecer para que cada um realize sua vocação e seja feliz.

Mas esse conhecimento de nós mesmos não acontece somente na oração. Acontece também na vida em comunidade.

Continua em "Me conhecer em comunidade?" (clique aqui para ler)

Sou chamado pelo nome???

Pois é. Título meio louco pra texto de blog...

Quero me deter um pouco em 3 passagens:

(Is 43,1) "E agora, eis o que diz o Senhor, aquele que te criou, Jacó, e te formou, Israel: Nada temas, pois eu te resgato, eu te chamo pelo nome, és meu."

(Jr 1,5) "Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações."

(Gn 1,3-5) "Deus disse: 'Faça-se a luz!' E a luz foi feita. Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas. Deus chamou à luz DIA, e às trevas NOITE. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o primeiro dia."

Aquele que me criou me chama pelo nome, nome que Ele já conhecia antes que no seio de minha mãe eu fosse formado. Gosto de fazer um paralelo entre essa idéia e a narrativa da Criação, onde sabiamente o escritor bíblico, inspirado pelo próprio Deus, O coloca criando através da Sua Palavra, através dos diversos "faça-se" e do especial "façamos" ao criar o ser humano.

No "faça-se", Deus "pronuncia um nome", a verdadeira essência daquilo que será feito, criado. Quando, por exemplo, Ele faz a luz, já diz também o que ela será e fará. No fundo, a essência da Palavra de Deus já é a própria ação criadora de Deus.

Assim, ao criar cada um de nós, Ele pronunciou um nome - mais que um nome, um chamado! Ele nos chamou à existência. A palavra vocação vem do latim vocare = chamado. Assim, o que inicia nossa existência é um chamado de Deus, uma vocação.

Fomos criados para a realização de um projeto maravilhoso de Deus em nossa vida. E o meu Deus, o Deus revelado em Jesus Cristo, o Deus em que eu acredito é um Deus que é Amor. Portanto, a vocação de Deus para mim é certamente uma linda vocação que, ao ser realizada, me fará feliz - me fará viver o céu! E isto não é privilégio meu. Você que está lendo estas linhas também tem uma maravilhosa vocação de Deus. Queira descobri-la, procure achá-la. É por aí que encontrará a sua felicidade.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Quadrado de número terminado em 5 - Fácil...

Bem, imaginemos um número terminado em 5. Vou representá-lo assim: N5.
Para entender a representação, o N corresponde a tudo que antecede o 5 neste número.
Por exemplo: Em 25, o N=2. Em 645, o N=64 ...

Bom, a dica é:
a) multiplique N pelo seu sucessor. Trocando em miúdos, Nx(N+1);
b) coloque o número 25 logo após.
ACABOU...
Simples não?
 Exemplo: 25 ao quadrado
Neste caso, N=2, logo Nx(N+1) = 2x3 = 6
Agora é só colocar 25 após o resultado: 625 = este é o quadrado de 25.

Outro exemplo: 105 ao quadrado
Aqui, N=10, Nx(N+1) = 10x11 = 110
Resultado: 11025

EXPLICAÇÃO ALGÉBRICA:
Se um número é N5, pela notação decimal significa que ele é igual a 10xN+5

Elevando ao quadrado (10xN+5)^2 = 100xN^2 + 100xN + 25 = 100x(N^2 + N)+25
= 100x[Nx(N+1)] + 25.
Ora, um número inteiro [Nx(N+1)] multiplicado por 100 significa o próprio número acompanhado de 2 zeros. Este número terminado em 2 zeros, somado com 25, dará o mesmo número inteiro seguido de 25. E que número inteiro é esse? Nx(N+1), ou seja, N multiplicado pelo seu sucessor.

Simples, não?...
Espero que seja de utilidade...

domingo, 22 de novembro de 2009

Fácil Divisão e Multiplicação por 5

Pode ser óbvio, mas como pode existir alguém que não conheça, lá vai...

Bom, existe um jeito "fácil" de multiplicar e dividir por cinco "de cabeça". Isto pode dar mais agilidade em uma prova ou até no dia a dia.

1) Para multiplicar um número por cinco, divida o mesmo por dois e coloque um zero ou desloque a vírgula para a direita.
Ex.1) 5 x 264 = 1320
Usando o método:
- metade de 264 = 132
- coloca um zero = 1320

Ex.2) 5 x 345 = 1725
Usando o método:
- metade de 345 = 172,5
- desloca a vírgula à direita = 1725

2) Para dividir um número por cinco, multiplique o mesmo por dois e tire um zero ou desloque a vírgula para a esquerda.
Ex.1) 455 / 5 = 91
Usando o método:
- dobro de 455 = 910
- tira um zero = 91

Ex.2) 432 / 5 = 86,4
Usando o método:
- dobro de 432 = 864
- desloca a vírgula à esquerda= 86,4

Justificando algebricamente:
Simples; multiplicar por cinco é o mesmo que multiplicar por 10 e dividir por dois, ou seja:
N x 5 = N x (10/2) = (N/2) x 10

O outro caso é similar:
N/5 = N/(10/2) = N x (2/10) = (N x 2)/10

Espero que tenha sido útil. Um abraço!

NINGUÉM CAUSA EMOÇÕES NO OUTRO...

Certa vez, Dom Wilson (Bispo auxiliar do Rio de Janeiro) trabalhou com representantes de diversas comunidades um texto com o título acima, escrito por John Powell. Foi realmente intrigante ler/ouvir que as emoções que eu sinto (inclusive os sentimentos negativos) não poderiam ser causadas por ninguém externo a mim. Apenas despertam algo que já estava em mim.
Já disse Jesus em Mc 7,15: "Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa manchar; mas o que sai do homem, isso é que mancha o homem". É plausível raciocinar, portanto, que ninguém pode me manchar com suas atitudes, palavras ou agressões. Só eu mesmo posso me permitir ser manchado. A decisão está em minha posse.
Posso me decidir por ficar chateado, murmurar ou até agredir alguém devido ao que ele(a) me fez. Só que posso também me decidir por não fazê-lo! Eis a noção mais sublime de liberdade. Quanto mais livres nós somos, mais podemos escolher e trabalhar nossa reação – afinal, somos seres racionais, não estamos presos só ao instinto.
Como numa reação química, onde misturamos um reagente em uma substância para identificar alguma propriedade dela (acidez, alcalinidade, ...), "aquilo que entra no homem" tem esta propriedade de revelar o que está "dentro do homem". E isto deve ser usado em nosso favor! Paremos de nos justificar culpando os outros por nossas reações (Adão, Eva e a serpente...). Elas apenas nos fizeram o favor de nos mostrar e ajudar a identificar em quê preciso mudar. Grande valor para isto tem a vida em Comunidade!!!
Um bom exame de consciência e uma confissão (quando necessária) nos farão ser melhores, por obra e graça do Espírito Santo. E lembremo-nos: é pela redenção em Jesus que somos livres da escravidão do pecado, da reação que pode nos manchar. Pela graça que nos foi derramada, podemos escolher – como Jesus escolheu.

Nada é nosso – tudo é dom de Deus

Tudo que recebemos de Deus é por graça, de graça. É por puro amor.

Poderíamos argumentar, então, que uma vez que Deus nos tenha dado, passa a nos pertencer e, portanto, não sou obrigado a partilhar ou dividir o que tenho, pois passou a ser meu.

Realmente, obrigado não sou... Só que, aprofundando um pouco mais, Deus criou todas as coisas (inclusive nós). Se ele criou o nosso ser, o nosso existir também foi dom de Deus. Mas dom de quem para quem, já que não existíamos para poder receber nossa existência? (filosofando... rsrsrs)

No fundo, a criação inteira foi feita para a harmonia, para a completa partilha e dependência mútua. Portanto, o fato de sermos e existirmos já é também um dom de Deus, somos dom para o mundo, para a criação que nos inclui também! Nossa essência é sermos dom e, portanto, também colaborar com nossos dons para que o mundo seja melhor.

Quando se fala de dom, é inevitável falar de amor, pois o dom de Deus foi sem pedir nada em troca – dom totalmente gratuito. Já disse João que Deus é Amor. É a isso que somos chamados. O desamor e o egoísmo é ir contra o crescimento do ser humano, é descer em nosso desenvolvimento. É não ser aquilo para o qual fomos feitos, ir contra nossa essência. É errar o alvo, é ser incoerente com o que somos. É, em última análise, “não ser”.

Percebo a vida eterna como a realização do nosso ser “sendo”, ou seja, existindo, vivendo, realizando o que nos foi doado como potencial! Já o “não ser”, mesmo existindo, seria o contrário – não realizar o projeto, não completar em nós o que, em potencial, nos foi dado.

Embora o mundo pareça afirmar o contrário, o amor é a realização plena do ser humano, é a sua fortaleza.