Tudo que recebemos de Deus é por graça, de graça. É por puro amor.
Poderíamos argumentar, então, que uma vez que Deus nos tenha dado, passa a nos pertencer e, portanto, não sou obrigado a partilhar ou dividir o que tenho, pois passou a ser meu.
Realmente, obrigado não sou... Só que, aprofundando um pouco mais, Deus criou todas as coisas (inclusive nós). Se ele criou o nosso ser, o nosso existir também foi dom de Deus. Mas dom de quem para quem, já que não existíamos para poder receber nossa existência? (filosofando... rsrsrs)
No fundo, a criação inteira foi feita para a harmonia, para a completa partilha e dependência mútua. Portanto, o fato de sermos e existirmos já é também um dom de Deus, somos dom para o mundo, para a criação que nos inclui também! Nossa essência é sermos dom e, portanto, também colaborar com nossos dons para que o mundo seja melhor.
Quando se fala de dom, é inevitável falar de amor, pois o dom de Deus foi sem pedir nada em troca – dom totalmente gratuito. Já disse João que Deus é Amor. É a isso que somos chamados. O desamor e o egoísmo é ir contra o crescimento do ser humano, é descer em nosso desenvolvimento. É não ser aquilo para o qual fomos feitos, ir contra nossa essência. É errar o alvo, é ser incoerente com o que somos. É, em última análise, “não ser”.
Percebo a vida eterna como a realização do nosso ser “sendo”, ou seja, existindo, vivendo, realizando o que nos foi doado como potencial! Já o “não ser”, mesmo existindo, seria o contrário – não realizar o projeto, não completar em nós o que, em potencial, nos foi dado.
Embora o mundo pareça afirmar o contrário, o amor é a realização plena do ser humano, é a sua fortaleza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente e agregue conhecimento. Cresçamos juntos!!