BUSQUE O ALTO!
ANJO BARRO
ANTÔNIO JO BARBOSA RODRIGUES
Eu tirei esta foto no estacionamento do Barra Shopping. Não me perguntem como esta árvore cresceu torta assim. Na época, achei curiosa e resolvi registrar. Agora, coloquei-a como "símbolo" neste blog pelo que ela representa para mim.
Provavelmente, esta árvore passou por dificuldades para crescer neste "caminho torto", mas ela sobreviveu e continua a buscar sempre o alto. Vejo que somos assim também: Nem sempre conseguimos andar pelo caminho reto rumo ao alto, pois somos seres humanos, cheios de incoerências e limites, mas Deus vê a nossa luta em chegar ao alto. Isto é a santidade: não desistir de chegar ao céu. Neste caminho, às vezes caímos, trilhamos caminhos "tortos", mas se nos levantamos e não desistimos de alinhar de novo, estamos rumo ao alto.
Este site tem como objetivo crescermos juntos e, sem suas opiniões e comentários, isto não será possível! Portanto, leia os tópicos, participe comentando!

Nosso trato neste "blog de crescimento" é o seguinte: Me reservo apenas no direito de apagar os comentários que eu considerar ofensivos, contrários à lei e/ou que usarem expressões ou palavras de baixo calão. Trato feito, vamos em frente... ou melhor, para o alto!!!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Construção do Próprio Ser Humano

Em continuação ao tema: "Desejo de não sentirmos dor..." (clique para ler), onde conversamos sobre o problema de "sofrer por medo de sofrer", é interessante falar sobre o ser humano que se constrói.

O ser humano é a criatura viva que nasce menos "pronta" para tudo. É a que mais depende dos pais no início de sua vida e a que demora mais "tempo" para seguir de forma independente. Isto porque, em compensação, o ser humano é o que mais facilmente consegue se adaptar ao meio ou adaptá-lo para que sobreviva - é o mais flexível.

Esta construção do ser humano que seremos depende do que já construímos e do que construirmos no presente. Aqui, aparece uma das evidências do dom da liberdade concedido por Deus a nós.

Nesta liberdade, posso realmente optar, decidir o caminho a seguir, decidir "como me construir". O ser humano tem essa capacidade de ser autor e protagonista da própria história, para que "seja líder de si mesmo" (conforme livro de mesmo nome de Augusto Cury). Como não poderia ser diferente, isto também é uma opção nossa pois também podemos decidir ser apenas atores coadjuvantes em nossa própria história.

Porém essa liberdade é muitas vezes confundida com seguir as vontades do instinto, seguir qualquer pensamento que nos alcança, seguir os impulsos que nos surgem, seguir o que "nos der na telha"...

Ora, não seria isto, ao contrário, prisão? Escravidão?

Nossa liberdade está, justamente, em podermos nos dominar - ter auto-domínio. Como cita o Catecismo na Igreja Católica, no parágrafo 2339: "A alternativa é clara: ou o Homem comanda as suas paixões e alcança a paz, ou se deixa dominar por elas e torna-se infeliz."

Deus criou o Homem para a liberdade e não para a escravidão, muito menos para a escravidão do medo do futuro. O sofrimento é inerente à nossa condição de criaturas (já que temos limites) mas não devemos sofrer por medo de sofrer.

Eis a construção necessária do ser humano: Vencer a escravidão das paixões, dos instintos, das incoerências humanas (do pecado...) e ser verdadeiramente livre. Como disse Joseph Campbell: "Nós não nascemos Humanos, nós nos tornamos Humanos" (achei esta frase em uma folhinha do Sagr. Coração de Jesus, dia 04/12/2009)

Acho interessante falar agora sobre as 3 virtudes que recebemos de presente no Batismo e que nos auxiliam nesta luta (construção): Fé, Esperança e Amor (clique aqui para ver).

2 comentários:

  1. E viveram felizes para sempre...até que veio o protestante! rsrs

    Desculpe começar com uma piada, mas sempre é bom para quebrar o gelo.

    Gosto da sua maneira de escrever. És claro. Gosto de alguns argumentos, mas tenho a dificuldade de identificar quando é o sr.Antonio José escrevendo e quando é a Igreja escrevendo.

    Outras dúvidas:

    Por que seguir as vontades do instinto não seria liberdade? Ora, se acreditarmos que somos criaturas de Deus, então os instintos são de igual forma criações dele para nós. Não sou favorável ao Hedonismo, mas colocar o corpo ou instintos como algo que deva ser controlado não me agrada. Parece o autor de Jeremias 2.24 que compara Israel a uma jumenta por causa do cio, mas que esquece que o cio da jumenta é criação e determinação divina!

    Penso que talvez se permitir sentir os instintos seja liberdade. Se permitir sentir aquilo que o mundo diz que é mal e que o mundo cristão entendeu como dualismo. Talvez não seja dualismo, talvez seja dualidade.

    Obviamente esses instintos podem se tornar escravidão, mas a fé também. Tudo pode se tornar escravidão.

    E como seria realmente livre se entendo que algo em mim me pode escravizar e por isso tenho de vencer-me a cada dia? É uma prisão de medo e de angústia. Viver sabendo que sou meu pior inimigo.

    Talvez experimentar a força dos instintos seja vital para a liberdade, principalmente porque nascemos com ele, enquanto a regra de ter de nos dominarmos seja construída por alguém e infligida a nós.

    Fazer como Agostinho? Despedir a mulher que me deu um filho e com quem vivi por anos só porque me dizem que é errado? Não...

    Gosto do sábio do Antigo Testamento.

    "7 Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras.
    8 Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.
    9 Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol." Eclesiastes 9,.7-9

    Viver a vida com os instintos e sentimentos é a nossa porção. Gosto disso.

    Parabéns pelo Blog. Faz parte de minha leituras.

    Abraço e ...desculpe escrever demais!

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  2. Harlyson, sinta-se à vontade neste blog.
    Obrigado pelas considerações e, dentro do propósito de quebrar o gelo, não precisa do "Sr." ao se referir a mim, assim como tomei a liberdade de simplesmente chamar-lhe pelo nome.

    Quanto a identificar entre eu ou a Igreja escrevendo, procuro colocar passagens bíblicas ou textos dos documentos eclesiais quando quero mostrar o que a Igreja está dizendo, mas também não exagero senão acabo "lotando" as postagens com citações e aumentando ainda mais o texto. Mas confesso que é uma linha tênue que separa as duas escritas, pois procuro pautar o meu texto preso em pontos da Igreja e, entre eles, vou tecendo também meus raciocínios. Se considero que há uma certa harmonia no texto, sem que se oponha ao que a Igreja afirma, penso que as duas escritas acabam se fundindo...

    Quanto à questão sobre "Liberdade e Instinto", preferi criar uma nova postagem com esse nome (http://anjobarro.blogspot.com/2010/01/liberdade-e-instinto.html) já que é um tema interessante e mereceria um texto maior.

    Obrigado pelos elogios, mas agora o Blog está bem melhor com suas considerações e comentários. Saiba que, quando posso, também navego pelos temas em seu Blog e aprecio as suas abordagens. Tenha certeza de que é um dom que lhe foi dado por Deus para crescimento mútuo.

    Sobre escrever demais, então somos dois (rsrsrs). Logo, vamos combinar o seguinte: a partir de agora, não pedirei desculpas quando eu postar um texto kilométrico em seu blog e a recíproca também é verdadeira, fechado?!!

    Um abraço!

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