BUSQUE O ALTO!
ANJO BARRO
ANTÔNIO JO BARBOSA RODRIGUES
Eu tirei esta foto no estacionamento do Barra Shopping. Não me perguntem como esta árvore cresceu torta assim. Na época, achei curiosa e resolvi registrar. Agora, coloquei-a como "símbolo" neste blog pelo que ela representa para mim.
Provavelmente, esta árvore passou por dificuldades para crescer neste "caminho torto", mas ela sobreviveu e continua a buscar sempre o alto. Vejo que somos assim também: Nem sempre conseguimos andar pelo caminho reto rumo ao alto, pois somos seres humanos, cheios de incoerências e limites, mas Deus vê a nossa luta em chegar ao alto. Isto é a santidade: não desistir de chegar ao céu. Neste caminho, às vezes caímos, trilhamos caminhos "tortos", mas se nos levantamos e não desistimos de alinhar de novo, estamos rumo ao alto.
Este site tem como objetivo crescermos juntos e, sem suas opiniões e comentários, isto não será possível! Portanto, leia os tópicos, participe comentando!

Nosso trato neste "blog de crescimento" é o seguinte: Me reservo apenas no direito de apagar os comentários que eu considerar ofensivos, contrários à lei e/ou que usarem expressões ou palavras de baixo calão. Trato feito, vamos em frente... ou melhor, para o alto!!!

sábado, 23 de abril de 2011

A Paz Inquieta de Deus - Um Verdadeiro Terremoto?

Sábado passado (véspera do Domingo de Ramos e da Paixão), conversando com meu amigo e irmão de Comunidade Carlos Francisco, ele me falou de algo que eu não sabia. Ele havia acessado o site do Padre Paulo Ricardo (http://padrepauloricardo.org/) que é uma excelente fonte de informações e reflexões. Lá existem vários vídeos e áudios com palestras muito boas. Eu diria excelentes para formação.

Bom, o Carlos acessou um áudio sobre o Domingo de Ramos e da Paixão (http://padrepauloricardo.org/audio/36-testemunho-de-fe-domingo-de-ramos-e-da-paixao-do-senhor-17042011/) que faz uma referência ao segundo volume do livro "Jesus de Nazaré", escrito pelo Papa Bento XVI mas ainda não disponível em português. Eu vou fazer alguns comentários, mas nada substitui esta verdadeira catequese em áudio (link acima) e, certamente, também espero que este volume do livro de Bento XVI esteja logo disponível em nossa língua.

A questão que chamou a atenção ao Carlos e que também me pegou de surpresa é sobre a estranha controvérsia: o povo acolhe Jesus entrando em Jerusalém, aclamando-o como rei - "Hosana ao filho de Davi" - com ramos e colocando seus mantos para que Jesus passasse num jumentinho. Entretanto, pouco tempo depois, o povo grita "crucifica-o!". Ora, as situações não são tão distantes no tempo... O que teria acontecido?

A questão fica mais clara quando vemos o trecho Mt 21,8-11:
"8. Então a multidão estendia os mantos pelo caminho, cortava ramos de árvores e espalhava-os pela estrada. 9. E toda aquela multidão, que o precedia e que o seguia, clamava: Hosana ao filho de Davi! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus! 10. Quando ele entrou em Jerusalém, alvoroçou-se toda a cidade, perguntando: Quem é este? 11. A multidão respondia: É Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia."

Contextualizando, era perto da festa da Páscoa. Neste tempo, todos os Judeus peregrinavam a Jerusalém para a festa. A cidade começava a ficar cheia de peregrinos de outras regiões. O povo que clamava "Hosana ao filho de Davi" era o povo peregrino, não o povo de Jerusalém. Neste momento, Jesus era um desses peregrinos, tendo em vista que ele era da Galiléia, viveu aos arredores do Lago de Tiberíades, de Cafarnaum - não era de Jerusalém! Ele ainda não tinha entrado em Jerusalém nessa sua última viagem.

Ao entrar em Jerusalém. ocorre o que está nos versículos 10 e 11. A multidão se alvoroça e pergunta "Quem é este". Os moradores não o conheciam - ela se agita ou melhor ainda, ela se perturba!

Jerusalém não estava preparada para receber a mensagem de Jesus, que fala de igualdade, que fala de humildade, que fala de perdão, que fala de re-inserir os marginalizados pela sociedade, que não aceita o comércio em que o templo se tornou... A entrada de Jesus na cidade agita quem estava acomodado e que queria continuar acomodado! Segundo o Padre Paulo Ricardo, a palavra utilizada para este alvoroço é a mesma usada para a agitação de um terremoto.

Logo, a multidão que grita "crucifica-o" não é a mesma multidão que grita "Hosana" e o aclamou com ramos. O Padre Paulo Ricardo fala inclusive que inúmeras vezes ele mesmo pregou (antes de ler este livro) falando justamente o oposto: "Como o mesmo povo que o aclamou pôde querer crucificá-lo..."

Mas na realidade, o foco da pregação é: Será que estamos preparados para sermos perturbados por Deus em nosso mundinho, para sentir esse terremoto? Ou queremos continuar acomodados e, em alguns casos, até gostaríamos que a voz de Deus pudesse ser eliminada?

Para não ficar muito longo, continuo na postagem seguinte a reflexão sobre esta perturbação que Deus causa em nós, ligando com uma peça apresentada pela Comunidade Shalom "O Canto das Írias". É só acessar o seguinte link: (http://anjobarro.blogspot.com/2011/04/bom-na-postagem-anterior-httpanjobarro.html)

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